Chegámos a Mandalay da melhor maneira, através do rio Ayeyarwady. A viagem foi fascinante, mas as 10 horas de emoções que tínhamos ali passado, já se começavam a fazer sentir.
No transfer para o hotel, o nosso guia, foi-nos explicando algumas particularidades de Mandalay e situou-nos na história desta que foi a última capital real birmanesa.
A empatia com o guia foi imediata, valendo a marcação de uma excursão daí a 2 dias para uma visita que já tínhamos pensado efectuar a Mingun, uma zona de antigos templos próximos de Mandalay e para visitar Amarapura, uma antiga capital real que hoje em dia é famosa por causa da fantástica ponte U-Bein…
Em Mandalay, foi criado um bilhete turístico (obrigatório), que engloba todas as atracções da cidade e as antigas capitais reais circundantes. O que é engraçado, é que embora este bilhete não fosse pedido em todo o lado, sê-lo-ia de certeza no Palácio Real de Mandalay, que fazíamos intenções de visitar no dia seguinte. É que aqui, o controlo era apertadíssimo, com um “pelotão” de tropas a vigiar o palácio e a entrada do mesmo.
Após Manifestar interesse em adquirir o tal bilhete, fomos informados pelo guia que para o comprar, teríamos de o fazer com as notas emitidas pelo banco birmanês, que se faziam equivaler ao valor do dólar. Há pouco tempo atrás, qualquer turista que entrasse na Birmânia, era automaticamente obrigado a trocar 300 dólares por estas notas equivalentes, mas que obviamente só eram válidas na Birmânia. Nós já tínhamos ouvido falar disto (era uma medida para impedir o mercado negro), mas supostamente já seria uma fase ultrapassada. Pelo vistos em Mandalay, ainda havia uns resquícios desses tempos. Nós demos-lhe os 20 dólares americanos e trocámos pelos mesmos 20 dólares “birmaneses”. O incrível foi a forma como o guia nos deu a nota impecável que parecia acabada de imprimir, tal era o cuidado com que ele a manuseava. Disse-nos “n” vezes, “cuidado, nem um vinco, é que eles não a aceitam…”. Como coleccionador de notas e moedas que sou, arranjei maneira de ficar com aquela preciosidade para mim…
Era tempo de descansar, porque o dia já ia longo e Mandalay podia esperar mais um pouco por nós!
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