Vemos também o bonito templo branco Hsinbyume que dá corpo à capa do livro do “Lonely Planet”. Não sabíamos que o íamos encontrar aqui, mas saímos logo mais confiantes e convencidos que tínhamos acertado em escolher aquele lugar para visitar.
Existia alguma agitação quando aqui chegámos. O movimento dos barcos locais e de alguns turistas fazia-se sentir sem se tornar opressivo.
Num agradável passeio, percorremos a “marginal” de terra batida que ladeava as margens do rio. Era nesta rua, que se iam seguindo os pontos de interesse. Começamos pelo templo de Mingum que tivemos a oportunidade de subir. Através de um caminho pouco ortodoxo, bastante destruído e inclinado, fomos andando até chegar ao topo daquele “monstro”. A vista do topo era maravilhosa, avistava-se a paisagem ribeirinha e atrás a vegetação tropical, dava um colorido especial àquele momento. O esforço daquela subida temperada com uns potentes raios solares, foi amplamente recompensada.
Após descermos e de nos perdermos numas comprinhas, continuámos o nosso caminho ao longo do rio. Encontrámos em seguida “apenas” o 2º maior sino em funcionamento do mundo! Para o maior templo do mundo, exigia-se um sino em conformidade!!! Este impressionante sino em bronze de 90 toneladas, foi fundido em 1808, na intenção de ser colocado no topo do templo de Mingum. Nunca foi colocado porque o templo nunca foi acabado, e o terramoto acabou com qualquer intenção de o fazer, as rachas que rasgam o templo de alto a baixo, não deixam margem para dúvidas.
Continuando, chegámos ao bonito templo branco de Hsinbyume, representativo do místico monte Meru. Os sete terraços ondulados que circundam a stupa central, representam as sete cadeias montanhosas que rodeiam o monte Meru. Embora o templo também tenha sido bastante danificado com o terramoto de 1838, foi completamente restaurado poucos anos depois. Depois de alguns dias com aquela imagem “debaixo do braço”, o local já nos parecia familiar, e esperávamos a todo o instante que um monge passasse numa daquelas inúmeras “ondas brancas”. Não tivemos essa sorte, mas em matéria de imagens de monges não ficámos a perder…
A nossa viagem prosseguiu, com a simpática aldeia como pano de fundo, e no regresso ao barco, observámos com agrado que aquele pedaço de terra, continuava imune à globalização...
Estava na hora de embarcar, e de voltar a Mandalay. Embora não tenhamos tido a sorte de avistar os famosos golfinhos negros do Ayeyarwady, a vida do rio e os rapazes que se divertiam a navegar sobre uns rudimentares bambus foram o suficiente para tornar aquela viagem de regresso mais do que agradável. Para ajudar, fomos presenteados com fruta e uns fritos fantásticos pese embora a desconfiança inicial, que nos alimentaram o corpo e a alma.
Para fugir ao calor, naquelas horas em que este se tornava insuportável, fomos para o hotel refrescar-nos um pouco na piscina e voltámos a sair a meio da tarde, desta vez para visitar em primeiro lugar uma fábrica de folhas de ouro. Estávamos já muito habituados a vê-las, dado que em todos os templos, estes quadradinhos dourados são vendidos aos crentes para que os colem no corpo das inúmeras estátuas expostas. Soubemos que aqui em Mandalay, se encontravam as fábricas daquelas folhas feitas de ouro verdadeiro e que são mais finas do que a tinta impressa numa folha de papel!
Para fugir ao calor, naquelas horas em que este se tornava insuportável, fomos para o hotel refrescar-nos um pouco na piscina e voltámos a sair a meio da tarde, desta vez para visitar em primeiro lugar uma fábrica de folhas de ouro. Estávamos já muito habituados a vê-las, dado que em todos os templos, estes quadradinhos dourados são vendidos aos crentes para que os colem no corpo das inúmeras estátuas expostas. Soubemos que aqui em Mandalay, se encontravam as fábricas daquelas folhas feitas de ouro verdadeiro e que são mais finas do que a tinta impressa numa folha de papel!
Partimos com mais 15 quilos (e não 7 como nos juraram a pés juntos!) para visitar Amarapura, uma antiga capital real e a sua famosa ponte U-Bein ao pôr do sol, um verdadeiro postal ilustrado da Birmânia!
Assente em 1060 pilares de madeira de teca, esta fantástica ponte construída em 1849, encontra-se ainda num óptimo estado de conservação e liga as 2 margens do lago Taunghaman. Ao pôr do sol, para além das condições ideais para umas fotografias transformadas em postais, é quando a ponte se encontra com mais actividade, com os locais a voltarem a casa e com os monges a deslocarem-se entre os templos localizados nas 2 margens do lago. A ponte estende-se por 1,2 quilómetros onde podemos observar os locais a pescar no lago. Depois de percorrermos a ponte de uma ponta à outra, e de nos deixarmos levar pela intensidade daquele momento, deixámos que o sol se apagasse, para que sem sobressaltos aquela fantástica paisagem caísse nos braços de morfeu para um merecido descanso…
Voltámos a Mandalay, não sem antes procurar-mos materializar mais uma vez algo que é uma imagem de marca da Birmânia: as pedras preciosas. A Birmânia possui no seu curriculo a maior safira do mundo com uns impressionantes 17 Kg!Encontram-se aqui fantásticas gemas e pedras preciosas a preços de saldo! Como não somos minimamente entendidos nesta matéria, colocámos imediatamente de lado todas as pedras preciosas que não fossem esmeraldas, rubis e safiras. Mais tarde e porque estas pedras estão descritas por ordem de valor, as esmeraldas, também foram postas de lado! Mesmo assim, e por preços muito convidativos, trouxemos uns fantásticos rubis “sangue de pombo” e umas fantásticas safiras.
A excitação deste dia fantástico, já tinha feito as suas vítimas, e claramente a mais afectada neste dia foi... a carteira…
É caso para dizer, que foi um justo preço a pagar pelas emoções que Mandalay e as suas redondezas nos provocaram, por isso, foi com um sorriso aberto que encarámos o nosso próximo destino: O lago Inle…
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