quinta-feira, 21 de março de 2013

mauricias, os bons gigantes...

Depois de viver momentos intensos no Apravasi Ghat e de termos ficado em paz de espírito e de mente aberta, partimos para uma visita às entranhas da ilha para admirar as suas belezas naturais, que passavam pela luxuriante vegetação tropical e pelas bonitas cascatas que tentavam a todo o custo rasgar as montanhas que se perdiam na linha do horizonte.



Tempo também para as turísticas areias de chamarel, as tais que apresentam 7 cores ou tonalidades, fruto da origem vulcânica da ilha. O local era bonito, mas honestamente não consegui descobrir as 7 cores...



Espiritualmente bem alimentados, era hora de alimentar também o corpo e partimos em busca duma refeição típica da região.

Acabámos num restaurante que mais não era do que uma casa particular adaptada a receber alguns convivas (turistas) e onde nos foi servida uma refeição típica.

Como prato, as práticas folhas de bananeira, utilizadas há séculos como loiça descartável. Fantástico, ponderei a hipótese de plantar uma bananeira em casa para evitar  lavar a loiça…


Foi um almoço tranquilo e saboroso, o único amargo de boca foi o olhar deprimido deste nosso amigo que deve ter feito alguma para estar em cativeiro…


 Deixámo-nos levar pelos caminhos e trilhos que o nosso guia foi seguindo e entusiasmado chegou à costa, onde segundo ele poderíamos ver a beleza do mar revolto do cimo das arribas J

Parece que não estão muito habituados uma vez que como estão rodeados pela barreira de coral, apenas têm acesso a mar raso nas fantásticas praias da ilha!

Isto realmente tem tudo a ver com o que temos acesso, aqui adoram o “mar bravo” porque é raro e apenas o podem ver no local onde a barreira de coral faz uma tangente aos limites da ilha,.

Para quem sempre conviveu com a costa oeste e com o cabo carvoeiro em particular, devo confessar, que por uma questão de cortesia apesar de pouco impressionado, deixei escapar um “wonderful” ao estilo de turista americano, mas sem grande convicção…


 Para terminar o dia visitámos um parque tipo mini jardim zoológico, onde estava representada a fauna e também alguma flora representativa da ilha. O parque era pequeno e carecia de mais espaço para os animais, mas o que recordamos e que era o verdadeiro objectivo da visita, são estes nossos simpáticos amigos…

As tartarugas gigantes, já faladas no post anterior estavam num local adequado e espaçoso e são parte da esperança dos maurícios (será?) em repovoar a ilha com estas “primas” das Seychelles…


 Foi muito engraçado porque o espaço era livre e podíamos circular sem restrições entre estes bons gigantes, que por força disso, tinham que aturar o “excesso de atenção” que eram alvo.


Havia algumas que conseguiam arranjar a solução perfeita para que não as incomodassem...


 Devo confessar, que me lembrei daquela fantástica e imprescindível visita oficial do nosso ex presidente da república Mário Soares às Seychelles com quem temos proveitosas relações comerciais, onde o “bochechas” trucidava uma tartaruga ao obrigá-la a carregá-lo no dorso…

Não fui tão longe, mas fui longe o suficiente para perceber que as tartarugas rosnam!

“ – Desculpa lá amiguinha, prometo não voltar a chatear!”


 Partimos satisfeitos  de volta ao hotel!

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