Após várias semanas a viajar em contextos tão distintos dos nossos a todos os níveis e depois de passar um pouco por todas as realidades chinesas e tibetanas, sabe sempre bem chegar a um local mais "civilizado" e mais parecido com o que estamos habituados. Claro que este sentimento só nos ocorre, fruto do tempo de viagem que já é longo, porque adoramos o contacto com as diferenças habituais que nos esperam nestes destinos exóticos, mas passado algum tempo apetece fazer uma pausa... para depois continuar...
Em Macau, o sentimento de chegar a um local mais civilizado, foi para nós muito mais do que isso, chegar a Macau, foi de certa forma chegarmos a casa. Foi reencontrarmo-nos com a nossa história e os nossos antepassados, foi reencontrarmos a nossa língua, a nossa arquitectura, com alguns dos nossos hábitos e com resquícios da nossa gastronomia. Ah e claro, não esquecendo a livraria portuguesa, que nos permitiu pela primeira vez ler jornais e revistas portugueses actualizados em viagem!
Eu pessoalmente, sou um apaixonado por viagens e pela nossa magnífica História, pelo que Macau, foi para mim a cereja no topo do bolo nesta viagem!
Muitas vezes pensei que diversas pessoas que já tinham visitado este território, não tinham ficado muito entusiasmadas e algumas até confidenciaram que "não acharam nada de especial", agora penso como eu sou tão diferente dessas pessoas...
Chegámos através do Aeroporto de Macau e fizemos questão disso, embora não tenha sido fácil (o aeroporto vizinho de Hong Kong era sempre o referido), o tal em que gastámos milhões e milhões de euros (escudos na altura ou seria patacas?) para deixar esta obra megalómana, construída sobre o mar da China, aos chineses que tomaram posse do território em 1999.
Mal chegámos ao aeroporto ficámos surpreendidos, porque todas as indicações e placas se encontram escritas em português! Para quem anda nestas andanças e já andou algumas vezes pela Ásia e pelo mundo, sabe que encontrar seja o que for em português, desde audioguias em museus, folhetos nos gabinetes de turismo, panfletos de hoteis, jornais, livros, etc. é pura miragem! Não existe! por isso, nos surpreendemos e ficámos obviamente satisfeitos e com aquele genezinho do patriotismo bacoco inchado!
Levantámos umas patacas no multibanco do aeroporto (que não era em forma de árvore) e apanhámos um taxi, rumo ao Hotel Sintra na Avenida D. João IV, perto do cruzamento com a Avenida Dr. Mário Soares. O hotel é convenientemente bem localizado no centro de Macau (na peninsula) perto do histórico Hotel Lisboa e do seu famoso casino.
Foi lá que acabámos a noite, afinal estamos na maior cidade casino do mundo com um volume de apostas superior a Las Vegas!!!
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