Bali é procurada à décadas por viajantes independentes, e
percebe-se porquê...
Primeiro por viajantes de mochila às costas que desbravaram
este diamante em bruto. Assentaram arraiais que se mantêm em Ubud, a capital
cultural de Bali com as suas inúmeras galerias de arte espalhadas entre
pequenos hotéis e simpáticos cafés e restaurantes.
Hoje em dia, desbravada que foi, a ilha de Bali recebe
hordas de turistas que aterram em Denpasar, capital de Bali.
Há turistas de todos os géneros, há quem venha no verdadeiro
turismos de massas para umas férias “exóticas” mais ou menos plastificadas, há
o turismo de surf, aventura e praia que se dispersa por toda a ilha sendo o
centro nevrálgico a famosa praia de Kuta no sul, na costa oeste.
Existe também o turismo de evasão, onde os pontos mais
escolhidos se dispersam na ilha em pequenos hotéis e alojamentos locais, com
especial incidência em Ubud e nas “novas” praias que não surgindo no nordeste e
norte da ilha.
O turismo de luxo e das grandes cadeias internacionais está
obviamente presente e concentra-se essencialmente no sudeste da ilha em Nusa
Dua.
A praia de Kuta, foi alvo de um famoso atentado terrorista
num bar, onde morreram cento e muitos turistas e este facto destruiu, ou melhor, afectou muito
o turismo na ilha.
Bali tem a particularidade de agradar a todos pelo seu
exotismo, carácter e diversidade. É chamada a terra dos 20000 templos! Não os
contei, mas é verdade que existem mini templos a cada esquina
Nós chamar-lhe-íamos altares e quase cada casa tem um, com uma
imagem mais ou menos profana e uma cadeira e um chapéu de sol a acompanhar para
que os maus espíritos se sintam confortáveis e fiquem mesmo por ali, assim, não
terão vontade de entrar na casa...
Este cenário com laivos de esquizofrenia está bem composto,
com faixas decorativas mais ou menos esfarrapadas e uma série
de oferendas na base que podem variar entre fruta, flores, comida ou
mesmo algumas rúpias.
Por aqui a religião reinante é o hinduísmo no maior país
islâmico do mundo o que só por si já torna Bali particular e merecedora da
nossa atenção.
Se aos templos e altares juntarmos a cultura clivada nas
danças balinesas e no artesanato, nas paisagens surreais dos socalcos com
plantações de arroz decoradas com a luxuriante vegetação tropical, se olharmos
às paisagens de praias (a maior desilusão) que se sucedem, aos vulcões mais ou
menos extintos, às pessoas, então temos aqui um caldeirão explosivo para os
sentidos a pedir para ser explorado...
A nossa viagem foi pensada para ser um misto de turismo
independente misturada com algum conforto.
No fundo aquilo que temos procurado nas nossas experiências
é sempre um contacto independente e direto com as pessoas e os locais,
perceber a espontaneidade de toda a envolvente e deixarmo-nos surpreender pelo
decorrer da experiência, aliada a um conforto que não nos faz ser demasiado
poupadinhos no alojamento.
Se tivesse a oportunidade de fazer uma viagem durante um ano
ou algo parecido, seria de certeza diferente, mas assim, temos apenas um mês
para aproveitar e precisamos das energias todas em alta!
Seguindo esta filosofia, acabámos no local mais óbvio, fomos
para Nusa Dua para o hotel Meliá Bali, onde tínhamos todos os confortos,
inclusivamente um bonito e envolvente jardim tropical.
Daqui saíamos de táxi para fazermos os percursos na ilha à nossa vontade...
Vamos lá embora...
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