Saímos provavelmente do mais famoso parque natural do mundo, Masai Mara, e seguimos por terras Masai até ao lago Nakuru.
A paisagem está salpicada pelas coloridas e vistosas roupas dos inúmeros grupos de Masais que vamos avistando e pelas suas sempre atrativas aldeias recheadas de cubatas redondas.
Qualquer viagem de carro no Quénia é uma aventura e esta obviamente não foi excepção, pelo que é com redobrada satisfação que chegámos ao hotel.
O hotel era muito simpático, com jardins muito bem cuidados e uma vista excelente sobre o parque com o lago em perspectiva. Os bungalows por fora eram muito engraçados embora por dentro fossem extremamente básicos. Dava a sensação de ser um hotel já bastante antigo, provavelmente desde a altura em que o Lago Nakuru, foi proclamado o pimeiro santuário de aves de África nos idos anos 60.
A reserva natural do Lago Nakuru, nada tem a ver com o safari tradicional que nos assalta a imaginação quando pensamos num safari em África e por isso mesmo, é bem vinda essa diferença. O Lago Nakuru não é savana, mas sim um parque verdejante e com floresta que encerra no lago pintado de cor de rosa dos flamingos o seu verdadeiro highlight!
De forma minimalista, o lago Nakuru é uma reserva que se vê numa tarde e em que os grandes pontos de interesse são a proximidade com que se consegue observar o rinoceronte branco e o verdadeiro espectáculo cénico proporcionado pelos milhares de flamingos e já agora pelicanos que se encontram literalmente estacionados no lago e nas suas margens.
Nós saímos bem cedo de Masai Mara para chegar a Nakuru à hora do almoço e aproveitámos toda a tarde para conhecer o parque.
A vida selvagem aqui não é tão variada e não observámos nenhum grande predador. Vimos imensos babuínos, bufalos, zebras e gazelas diversas. A paisagem é extremamente agradável nos seus inúmeros tons de verde e tem o seu apogeu na chegada ao lago com essa mística muito própria dos grandes espaços onde a água impera, seja o mar, um rio ou neste caso um lago.
Aqui aproveitámos para esticar as pernas no extenso relvado que separa a floresta do lago e que nos permite ter um raio de visão suficiente para a nossa segurança e para observar os flamingos e pelicanos mais de perto. Lá está a adrenalinazita de sair da nossa hiace...
Aprendemos que nestes lagos carregados de sal e por isso sem vida, se desenvovem umas algas no fundo do lago que fazem parte da dieta única dos flamingos. São estas algas que fornecem a coloração cor de rosa aos flamingos. Os flamingos criados em cativeiro alimentados à base de outra qualquer dieta serão brancos! Também se aprende umas coisas num safari...
Aproveitando-nos do tal raio de visão alargado, corremos para a segurança da carrinha quando avistamos a dirigirem-se na nossa direcção alguns rinocerontes que acharam que a erva que pisávamos seria a mais saborosa do local... " - foge que vem lá um tanque!"
É quase cego mas parece que tem bom olfacto, por isso o melhor é mesmo resguardarmo-nos...
É absolutamente deslumbrante a imponência dos rinocerontes! São uma massa bruta e descomunal com uma aparente "carapaça" de protecção que os fazem assemelhar a verdadeiras máquinas de guerra!
Fantástico momento! Mais um para a galeria de ouro que felizmente vai aumentando a cada ano que passa...
Levamos connosco mais umas recordações felizes e recolhemos ao hotel onde temos um verdadeiro jantar com "vista". Está na hora de preparar a nossa despedida momentânea do Quénia, já que amanhã será dia de voltar a Nairobi para seguir viagem para a Tanzânia, a Tanganica de Livingstone...
3 comentários:
Bonito! :-)
Ao ler esta descrição do Lago Nakuru, por momentos, fui transportado para 2003 quando lá estive e consegui visualizar todos esses pormenores fantásticos de um safari, difíceis de descrever por palavras...
Grande Diogo! afinal sei quem me emprestou uma fotos antes de partir nesta aventura :-) Bons tempos! e saudades de vocês! espero que esteja tudo bem!
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