É aqui que começa o nosso Safari, e o mínimo que se pode dizer é que estamos muuuuito entusiasmados...
O Masai Mara abre-se a nossos olhos e os nossos sentidos estão todos despertos. A novidade, a beleza da paisagem, a adrenalina do encontro com os animais selvagens, tudo isto intensifica o prazer que sentimos.
A "nossa" Hiace abre a "tampa" e lá vamos nós de cabeça de fora à espreita, preparados para entrar no nosso próprio documentário da National Geographic!
Quem decide fazer um safari cedo ouve falar dos famosos big five: Elefante. búfalo, rinoceronte, leão e leopardo". É praticamente um trofeu de caça! Se "aprisionarmos" os Big Five na nossa máquina fotográfica cumprimos um dos muitos objectivos que pretendemos alcançar com esta viagem! É ridículo mas na verdade, lá para o final da viagem, não conseguimos evitar uma certa frustração de não avistarmos o mais dificil dos "cromos" o leopardo, o mais escasso e fugidio dos cinco que e ainda por cima tem hábitos nocturnos...
O impacto de ver um leão mesmo à nossa frente é no mínimo poderoso! Não é por acaso que o denominam o rei da selva, ou neste caso da savana... A juba imponente, as patas enormes com garras pontiagudas a despontar e o rugido aterrorizador, colocam-nos em sentido e provoca-nos uma adrenalina extrema, potenciadora de um imenso prazer!
O verdadeiro highlight do hotel, para além das sopas (que sopas fantásticas), era aquela área construída sobre estacas e que proporcionava a visualização de verdadeiros filmes de vida selvagem logo ali à mão de semear, como se de um cinema se tratasse!!!
Os primeiros animais que avistámos foram zebras e gnus! haveríamos de os ver literalmente aos milhares, mas aqueles eram os primeiros e ainda parecia mentira que existisse um sítio onde se pudesse ver toda aquela vida selvagem!!! Vamos ver até quando... É irónico pensar, que o que preservou e continua de certa forma a preservar toda esta vida selvagem, é a antítese da preservação: a caça grossa!
A verdade é que as quantias astronómicas que os caçadores estavam dispostos a pagar pelas suas caçadas desde o início do século passado, foram as mesmas que permitiram que fossem criadas estas reservas, que de outra forma de certeza já não existiriam...
Mas adiante, que o momento é de excitação, reagimos como se fossemos ali estar apenas alguns minutos e queremos absorver tudo absolutamente tudo o que nos rodeia no mínimo tempo possível! " - Olha, olha está ali um gnu" "- E ali uma zebra" " não ali do outro lado acho que vi girafas, e lá ao fundo são elefantes?".
Mas adiante, que o momento é de excitação, reagimos como se fossemos ali estar apenas alguns minutos e queremos absorver tudo absolutamente tudo o que nos rodeia no mínimo tempo possível! " - Olha, olha está ali um gnu" "- E ali uma zebra" " não ali do outro lado acho que vi girafas, e lá ao fundo são elefantes?".
Quem decide fazer um safari cedo ouve falar dos famosos big five: Elefante. búfalo, rinoceronte, leão e leopardo". É praticamente um trofeu de caça! Se "aprisionarmos" os Big Five na nossa máquina fotográfica cumprimos um dos muitos objectivos que pretendemos alcançar com esta viagem! É ridículo mas na verdade, lá para o final da viagem, não conseguimos evitar uma certa frustração de não avistarmos o mais dificil dos "cromos" o leopardo, o mais escasso e fugidio dos cinco que e ainda por cima tem hábitos nocturnos...
Há medida que avançávamos, a erva alta e as acácias compunham a paisagem, o James fingia alguma excitação enquanto nos explicava inúmeros factos relacionados com a reserva e com os animais. Aprendemos por exemplo com ele que existe uma relação de simbiose entre os gnus e as zebras. Onde o excelente faro e escassa visão de uns é equilibrado com a excelente visão e escasso faro de outros. É por esta razão que os encontramos quase sempre juntos na savana.
Aprendemos também as diferenças entre inúmeras gazelas que povoam o local, tal como a gazela de Thompson e a gazela de Grant.
Aprendemos também as diferenças entre inúmeras gazelas que povoam o local, tal como a gazela de Thompson e a gazela de Grant.
Para ser totalmente honesto, estas informações que fomos retendo, foram apreendidas bem mais tarde, porque nesta altura, rodávamos a cabeça o mais depressa que podíamos e balbuciávamos sem prestar atenção "yes, yes James, very interesting!" .
A extensão da paisagem não deixava de nos impressionar e o facto de seguirmos sozinhos por aqueles trilhos e sermos constantemente surpreendidos pela fauna que nos ía aparecendo pela frente dáva-nos uma sensação de liberdade imensa, se bem que confinados à nossa "Hiace", porque a sensação é que se metermos um pézinho fora da carrinha somos devorados sem apelo nem agravo!!!
O primeiro grande highlight é quando avistamos uma família de elefantes descansando e alimentando-se à sombra de uma acácia! Chegamos devagarinho e paramos, ficando vários minutos extasiados e em silêncio a observar aqueles impressionantes paquidermes que são tão grandes como simpáticos!
Eles parecem observar-nos a nós também de uma forma semi-despreocupada, tal é a habituação destes animais aos jipes e carrinhas que por ali vão passando, embora tenhamos notado na barreira que fizeram entre nós e a pequena cria do grupo. O espírito protector dos elefantes é admirável...
Várias vezes dissertámos sobre como nos veriam todos estes animais, será que nos viam como mais uma espécie entre tantas outras que podemos encontrar na reserva? Uma coisa é certa, para a maioria dos animais éramos pacíficos e conviviam connosco com a maior indiferença! Melhor assim, ficamos com a ilusão que não os incomodamos e isso conforta o nosso genezinho ecologista...
Cedo ficámos a perceber que o James era perfeitamente obcecado por leões, para ele um safari era equivalente a ver leões, tudo o resto era praticamente desprezável! Passámos por babuínos, gazelas, abutres, etc. e nem abrandava... Finalmente, pelo rádio com que se comunicam os guias chega a notícia da localização de alguns leões na proximidade! A notícia arrancou o James da letargia em que se encontrava e a nós..., bem a nós já nada nos excitava mais, estávamos nos limites do nosso mundinho da fantasia em que tudo aquilo nos parecia um sonho e só tínhamos uma certeza: Não queríamos acordar!
O impacto de ver um leão mesmo à nossa frente é no mínimo poderoso! Não é por acaso que o denominam o rei da selva, ou neste caso da savana... A juba imponente, as patas enormes com garras pontiagudas a despontar e o rugido aterrorizador, colocam-nos em sentido e provoca-nos uma adrenalina extrema, potenciadora de um imenso prazer!
O anti-climax é olhar à nossa volta e ter a sensação que estamos na hora de ponta de Masai Mara! inúmeras carrinhas como a nossa, cercam literalmente o casal de leões, e embora fiquemos com a sensação que estes são completamente indiferentes ao que os rodeia, não conseguímos deixar de sentir que algo de errado se passa...
O sol já ameaça retirar-se, tal como nós que tomamos o caminho do nosso lodge. O fantástico Mara Simba Lodge! O caminho faz-se de forma apressada para chegarmos ainda de dia, não sem antes vermos o repasto com que uma leoa se deliciava após uma caçada bem sucedida...
Chegamos ao hotel e a recepção é óptima, com uma simpatia extrema e até exagerada fruto de uma cultura bem vincada e herdada do colonialismo... Recebemos com redobrado prazer o típico welcome drink, bem fresquinho e que nos ajuda a digerir os quilos de pó que "degostámos" nos acidentados (para ser simpático) 250 Km que nos separam de Nairobi!
Depois de alguns 5 empregados levarem as nossas 2 malas, e depois de ficarmos agradavelmente surpreendidos com o bungalow que nos foi destinado, optámos por um banho retemperador (e branqueador) e rumámos para a varanda sobre estacas sobranceira ao rio que passava mesmo em baixo!
Quando descrevi atrás o hotel como fantástico, não foi por este ser luxuoso ou grandioso, bem pelo contrário, é um hotel confortável e acolhedor, com uma bonita decoração étnica e tribal como eu acho que se impõe neste local. Também não foi apenas pelo confortável bungalow em que ficámos instalados com uma maravilhosa varanda elevada que nos coloca ao nível das copas das árvores e que nos dá uma visão incrível sobre a savana e sobre o rio que serpenteia logo ali à nossa frente.
O verdadeiro highlight do hotel, para além das sopas (que sopas fantásticas), era aquela área construída sobre estacas e que proporcionava a visualização de verdadeiros filmes de vida selvagem logo ali à mão de semear, como se de um cinema se tratasse!!!
Foi para aqui que nos dirigimos assim que nos despachámos e tivémos a oportunidade de assistir a várias cenas curiosas, entre elas uma onde os empregados do hotel atiraram uns pedaços de carne para a margem do rio e onde uns gatos enormes a debicavam... A poucos metros de distância emerge um crocodilo que vagarosamente se aproxima para reclamar aquela carne. Foi bastante curioso, ver a reacção dos gatos, que eu julguei serem do hotel e afinal eram selvagens, a esticar até ao último segundo o momento da retirada estratégica! O mínimo que se podia dizer daquele crocodilo, que era ali residente é que impunha respeito!
Vimos os últimos raios de sol a cair sobre uma árvore "carregada" de marabous!
Restáva-nos um reconfortante jantar para aplacar o evidente cansaço provocado pela "emocionante" viagem desde Nairobi e pela explosão de emoções que vivemos no nosso primeiro dia de safari.
Era hora de descansar, porque o dia seguinte começaria bem cedo, logo às 4 horas da manhã.
Aguardávamos com enorme expectativa esse momento que seria um dos mais inesquecíveis dos que vivemos até hoje:
Um passeio de balão na savana de Masai Mara!
1 comentário:
muuuuito bom! bela paisagem, grande viagem!!!
Enviar um comentário