sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Guilin e yangshuo, a China rural

O que nos levou à região de Guilin e Yangshuo, foi a vontade de conhecer a China rural e avaliar se as imagens que trazíamos na nossa imaginação correspondiam à realidade.

Tínhamos também grande expectativa no já muito propalado cruzeiro no rio Li, que liga Guilin à aldeia de Yangshuo.

Mas comecemos pelo início e pela nossa curta experiência em Guilin.

Após a nossa penosa despedida do Tibete, voámos via Chengdu para Guilin. Não reservámos qualquer dia completo para Guilin. Foi pena porque a cidade, embora se assemelhe à "nova" China à medida que os edifícios modernos e impessoais, vão rasgando os céus do sul, a paisagem e a beleza natural das formações calcáricas esbatem esta primeira impressão.

A cidade é atravessada pelo rio Li, que é surpreendentemente limpo e imaculado. Dezenas de jovens aproveitam da melhor forma esta dádiva dos deuses para se refrescarem e combaterem o calor de Verão que se faz sentir.

No caminho do aeroporto para a cidade, percebemos porque se chama a cidade Guilin (significa floresta de osmanthus doces). Osmanthus é uma árvore que produz uma flor amarelada e que existe por toda a cidade. As flores possuem um forte e apreciado aroma, sendo utilizadas também para a infusão mais apreciada nesta terra. Da nossa parte está aprovada.
O rio Li (Lijiang) é verdadeiramente o coração desta cidade, que apesar de tudo mantém a baixa da bem cuidada. Claro que os sinais do progresso, dão azo a algumas excentricidades, como o surpreendente Lijiang Waterfall Hotel, onde ficámos instalados, que é o maior "hotel cascata" do mundo. Pois é isso mesmo, o hotel todos os dias a uma hora determinada, transforma uma das suas fachadas envidraçadas numa surpreendente cascata a todo o seu comprimento. Não somos normalmente fãs deste tipo de excentricidades, mas admitimos que este arrojado espectáculo nos agradou...
Antes do espectáculo, ficámos agradavelmente surpreendidos com a vista do nosso quarto e ajudou-nos a perceber, que a maior excentricidade por aqui é mesmo a paisagem e a beleza natural, que ao "brincar" com as intrincadas formas das montanhas circundantes, nos faz dar largas à imaginação. Desde a montanha camelo à gruta da flauta vermelha e acabando no mais popular ícone da cidade que é a tromba do elefante.

A vista mostráva-nos em todo o explendor o melhor de Guilin, o rio Li, as formações rochosas e o lago Fir mesmo à nossa frente com os seus famosos pagodes budistas.

Depois de um passeio pelo lago e pelas margens do rio, fomos descobrindo o artesanato local que se mistura com lojas dedicadas às famosas antiquidades cerâmicas chinesas. Dizem que a preços convidativos, mas que a nossa carteira não consegue alcançar...

Aproveitámos o nosso tempo ao máximo, embora sem coragem para experimentalismos culinários que atingem o auge do exótico no sul da China, como o muito apreciado rato do bambú, tão apreciado nesta região. Bem para dizer a verdade, o rato do bambú, é capaz de ser o menos exótico que se encontra por aqui...

Foi bem passada a tarde e ficamos com pena de não explorar um pouco mais a cidade, mas a verdadeira razão que nos trouxe aqui foi Yangshuo e o percurso para lá chegar. Esse momento está cada vez mais perto e nem a neblina fruto de um tufão que passou nas redondezas nos iria estragar este passeio...

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